Não podemos dizer-nos cristão se não formos simultaneamente católico
Santo Agostinho, famoso teólogo e bispo de Hipona, afirma em suas Confissões ter sido este o mais vivo desejo de sua mãe Santa Mônica (falecida em 387), quando lhe revelou: ‘Por um só motivo desejava prolongar um pouco mais a vida: para ver-te cristão católico antes de morrer‘.
Santo Agostinho |
Experimentamos facilmente que todas as satisfações deste mundo trazem em si um sabor amargo. As flores murcham. As rosas têm espinhos. O que nos agrada, logo termina. O sorriso acaba em pranto. A felicidade mora ao lado do infortúnio. E diante da morte fracassa nossa imaginação. Compreendemos então que deve haver em nós uma semente de eternidade; e que fomos criados para uma vida feliz além dos limites da existência terrestre. Entendemos que Deus nos chama para estarmos com Ele na comunhão perfeita da incorruptível vida divina.
O desejo de Deus está inscrito em nosso coração. Percebemos que fomos criados por Deus e para Deus; e Ele não para de atrair-nos a si; e somente nele encontramos a verdade e a felicidade que não cessamos de procurar. Deus nos criou por amor; e por amor nos conserva na existência. E ainda que o homem esqueça ou rejeite o Criador, Deus, de sua parte, continua a chamar todo o homem e a procurá-lo, como o bom pastor busca a ovelha perdida, para que viva e encontre a felicidade. Vale a célebre constatação de Santo Agostinho no começo de suas Confissões: ‘Nos fizestes para vós, Senhor, e o nosso coração não descansa enquanto não repousar em vós‘.
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